conceito de Rock (reeditado por oiram) livro primeiro passos.
que pretensão
definir o rock! absurdamente polimorfo, ele parece variar mais no tempo do que
no espaço do que o fazia , por exemplo, o barroco na idade Moderna, Mas se a
idéia é definir , arregacemos as mangas e vamos , ver no que quer que dá. tenho
certeza que as próximas paginas vão provocar reações azedas , de rockeiros
convictos e anti-rockeiros. tudo bem. o que importa é que , bem ou mal, falemos
dele. talvez assim ele consiste um espaço acadêmico que a comunidade sempre lhe
negou.
vamos partir do
concreto: assim a definição que procuramos vai surgir normalmente. por exemplo:
parece dificil negar que Rock around the clock de Bill haley and his comets
seja rock.o mesmo se pode dizer de Jailhouse rock com Elvis presley, Johnny
B.goode de Chuck Berry, Help! dos Beatles, Satisfactions dos Rollings stones e
muitas outras. porquê? poderiamos argumentar que esses clássicos têm o dom de
agitar as platéias, que não resistem em suas cadeiras , e fazem o mais rigido
dos jovém se contaminar pelas notas que parecem penetrar nas veias e artérias e
põem o sangue para borbulhar. o cara ouvinte( você por exemplo).
irremediavelmente comprometido com o clima, se vê obrigado a dançar e cantar ,
como no antologico twist and shout ( Medley e Russell) que os beatles ,
imortalizaram.para entender o rock é necessário não perder isso vista. ao
contrário da música erudita. que exige o silêncio e o bom comportamento da
platéia( imagine o papel ridiculo de alguém que se levantasse em pleno teatro
municipal para alcançar o tom de uma cantora de opéra ou gesticulasse como o
maestro). o rock pressupõe a troca , ou melhor , a integração do conjunto ou do
vocalista , procurando estimula-loe sar de sua convencional passividade perante
os fatos. Por isso e fundamental . se não houver reação corpórea “ quente”, não
há rock. É verdade que as cortes renascentistas também dançavam. E é por isso
que eu digo ‘QUENTES”: não pode haver regras , cenas determinadas, linhas do
salão a cobrir , músculos tensos a esperar o próximo movimento. O rock precisa
de liberdade física , o que ficou claro de (Elvis presley , lembra? )a fred
mercury , , assim como as pinturas multicoloridas dos hippies dos 60 ás cores
agressivas do punk dos 70. Como é obvio , o rock está muito mais para isadora
do que para copelia. É nesse sentido , que a “música de protesto” ,como é
convencionalmente chamada, não é rock. Dominada pela necessidade de se passar
uma mensagem politica , ela coloca em segundo plano a questão do som , para que
o público se atenha á letra. No seu
limite , encontramos caminhando e cantando de geraldo vandré, gigantesca na
letra , capaz de mover multidoes ,mas pobre na melodia e na harmonia a ponto de autor temer por sua classificação no FIC de
68.
Nenhum comentário:
Postar um comentário